Segunda Divisão do Paranaense tem Paraná Cube, SAF de Gusttavo Lima e penta como gestor


A Segunda Divisão do Campeonato Paranaense 2024 começa neste sábado, com 10 times em busca de duas vagas na elite do estadual do ano que vem. A competição tem vários destaques, como o Paraná Clube em busca de ressurgimento, Gusttavo Lima dono da SAF do Paranavaí, o pentacampeão Edmílson como gestor do Foz, e o zagueiro Henrique, ex-Palmeiras e seleção, como presidente do Nacional-PR.

Outros times tradicionais estão na disputa: o Grêmio Maringá, tricampeão paranaense (1963, 1964 e 1977), o Rio Branco-PR, rebaixado no ano passado após 28 anos na elite do estadual, e o Iguaçu, que já esteve na primeira divisão em alguns anos.

Por outro lado, a lista tem o Apucarana Sports, que está na Segunda Divisão desde 2019, e equipes novas e em busca de ascensão no estado, como o Laranja Mecânica (de Arapongas, fundado em 2007, mas no profissional desde o fim de 2020) e o Patriotas (de Campo Largo, fundado em 2020).

Confira os jogos da primeira rodada
Paraná Clube x Nacional-PR: sábado, 16h, Ligga Arena (Curitiba)
Patriotas x Laranja Mecânica: sábado, 18h30, Atilio Gionédis (Campo Largo)
Rio Branco-PR x Paranavaí: domingo, 11h, Gigante do Itiberê (Paranaguá)
Iguaçu x Apucarana: domingo, 16h, Antiocho Pereira (União da Vitória)
Foz do Iguaçu x Grêmio Maringá: domingo, 18h, Estádio do ABC (Foz do Iguaçu)
Veja os 10 times
Paraná Clube

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O Tricolor busca mais uma vez um recomeço. Em um intervalo de cinco anos, o Paraná saiu da elite do futebol brasileiro para ficar sem calendário nacional e na Segunda Divisão do Paranaense. Foram quatro rebaixamentos no período, sendo três no Brasileirão e um no estadual, em 2022.

No ano passado, foi eliminado na primeira fase da Divisão de Acesso e não joga uma partida oficial desde junho de 2023. Chegou a negociar a venda da SAF, em novembro, cogitou se incorporar com outros clube (procurou o Cianorte para isso), mas em março o grupo Carpa retirou a proposta.

Neste cenário, o Paraná Clube tenta de novo voltar à elite e vai reencontrar o torcedor. No ano passado, o Tricolor fez os cinco jogos como mandante com portões fechados na primeira fase, por conta de uma punição pela invasão de campo no rebaixamento.

Nesta volta, o Paraná fez uma grande ação. Em busca de um público maior, a estreia será na Ligga Arena, casa do Athletico, e a segunda rodada será no Couto Pereira, do Coritiba. Os outros três jogos serão na Vila Capanema. Mais de 60 mil ingressos foram vendidos em dois dias, cerca de 35 mil para a estreia.

Em campo, o Paraná terá Tcheco como técnico e contratou ao todo 21 jogadores. Entre os nomes estão o experiente goleiro Sidão (ex-São Paulo, Vasco e Botafogo), o lateral Eltinho (revelado no Paraná e ex-Flamengo, Inter e Coritiba) e o atacante Lucas Batatinha (ex-Operário-PR e Cascavel).

Apucarana

Vai disputar a Divisão de Acesso pela nona vez, a quinta consecutiva, em todas ficando perto do acesso. No ano passado, o Apucarana parou na primeira fase – dependia apenas de si na última rodada, mas foi derrotado e ficou fora das semis.

Para deixar de “bater na trave”, o time buscou o técnico Reginaldo Vital, rebaixado com o PSTC no Paranaense, mas que sabe bem o caminho do acesso – já subiu de divisão por quatro vezes.

Rebaixado no ano passado, o Foz vive um novo momento e mudou até de símbolo. O clube é comandado agora por um novo grupo, com o ex-jogador e pentacampeão Edmílson à frente do projeto. O time terá o CEO Mazinho Patrão, que já trabalhou no Ceará e no Vasco, enquanto o técnico será Zé Roberto Lucini, ex-Cianorte.

O Azulão da Fronteira foi fundado em 1996 e viveu os principais momentos em 2015 e em 2018, quando terminou entre os quatro primeiros do Campeonato Paranaense. Em 2020, quando iria disputar a segunda divisão, pediu um ano de afastamento do futebol, alegando problemas financeiros.

O retorno veio em 2021, motivado pela venda de Pepê ao Grêmio. De volta na terceira divisão do estadual, o Foz conseguiu dois acessos e disputou a primeira divisão do Paranaense em 2023, mas acabou rebaixado e volta à Segunda Divisão em 2024.

Edmilson  com novas camisas do Foz do Iguaçu FC — Foto: Christian Rizzi/Foz do Iguaçu FC

Grêmio Maringá

De grandes glórias nas décadas de 60 e 70, o Grêmio Maringá não disputa a primeira divisão do Paranaense desde 1996. O Galo, como é conhecido, foi campeão paranaense em 1963, 1964 e 1977. O clube teve vários problemas extracampo, oscilou entre a segunda e a terceira divisão nos últimos anos e agora tenta se firmar mais uma vez. O técnico será Rodrigo Carpegiani, filho de Paulo César Carpegiani.

Iguaçu

Chegou a figurar na primeira divisão estadual em alguns anos, a última vez em 2009. Ficou fora das competições entre 2013 a 2018, voltando aos gramados em 2019. Está na Segunda Divisão do Paranaense desde 2021. No ano passado, ficou perto do acesso, mas parou nas semifinais, eliminado pelo Andraus.

O técnico será Rafael Andrade, que já soma quatro acessos no Paranaense: em 2014 pelo Nacional-PR, em 2019 e 2021 pelo União-PR, e em 2022 com o Aruko (agora Galo Maringá).

Laranja Mecânica

Fundado em 2007, tem o nome em homenagem à histórica seleção da Holanda da década de 1970. Após fazer um trabalho focado nas categorias de base, iniciou as disputas profissionais em 2021. Está na Divisão de Acesso desse 2022. O foco de formar jogadores continua vivo. O elenco atual tem média de 21 anos, com apenas quatro jogadores acima de 24 anos. O técnico será Fabinho Cunha, que era do sub-17 do clube.

Nacional-PR

Henrique é o presidente do Nacional-PR — Foto: Divulgação/Nacional-PR

O Nacional de Rolândia agora é o Nacional de Campo Mourão. Fundado em 1947, o NAC figurou na elite estadual em alguns anos, a última vez em 2015. Nos últimos anos, porém, foi perdendo as raízes na cidade-natal, com problemas administrativos. Agora um novo grupo assumiu o comando do clube, que adotou Campo Mourão como nova sede. O presidente é Henrique, ex-Palmeiras, Fluminense, Coritiba e seleção brasileira – ele está com 37 anos e ainda não decidiu sobre pendurar as chuteiras.

Vice-campeão da Terceira Divisão no ano passado, o Nacional volta para a Divisão de Acesso após três anos, manteve parte da base da campanha e também o técnico Gilberto Papagaio. O treinador é mais um acostumado com acessos no futebol paranaense.

Paranavaí

Campeão paranaense em 2007, o Paranavaí é mais um time passando por nova fase. O cantor Gusttavo Lima adquiriu 60% da SAF do clube por cerca de R$ 3 milhões. O ACP tem agora um novo símbolo e busca uma nova história.

O Vermelhinho foi campeão da terceira divisão no ano passado, volta para a Segundona após cinco anos. O time não disputa a elite estadual desde 2013. O técnico é William Sander, que comandou o Paranavaí no título em 2023, e o elenco tem alguns jogadores remanescentes, com a chegada de vários reforços.

Gusttavo Lima ao lado de um dos reforços do Paranavaí — Foto: Divulgação/AC Paranavaí

Patriotas

O Patriotas é de Campo Largo e se filiou profissionalmente em dezembro de 2020. Já na segunda temporada, o time conseguiu o acesso à Divisão de Acesso. No ano passado, foi o dono da melhor campanha primeira fase, de forma invicta, mas nas semifinais perdeu para o PSTC nos pênaltis e deixou escapar o acesso.

O técnico é o experiente Claudemir Sturion, que no ano passado foi campeão da Divisão de Acesso com o Andraus – já tinha ganhado a competição em 2008, pelo Nacional-PR, e em 2013, pelo Maringá. Nesta temporada ele comandou Galo Maringá e depois o Andraus no Paranaense. O treinador já trabalhou em outros vários clubes e foi vice-campeão estadual com o Maringá, em 2014.

Rio Branco-PR

Um dos mais tradicionais times paranaenses, fundado em 1913, o Rio Branco-PR foi rebaixado no ano passado e deixou a elite do estadual após 28 anos – estava na primeira divisão desde 1995. Sem poder contar com a tradicional Estradinha, que está em processo de ser leiloada, os jogos na Divisão de Acesso serão no Gigante do Itiberê.

Em busca de correção de rota, o Leão tem um novo gestor. O técnico será Fahel Júnior, que trabalhou no Paraná Clube em 2023 e fez a carreira principalmente no interior de São Paulo. O elenco é experiente, com vários jogadores que disputaram a primeira divisão do estadual neste ano.

Regulamento

O formato se manteve o mesmo dos últimos anos. A primeira fase é disputada em turno único, com os times se enfrentando entre si. Os quatro melhores colocados fazem as semifinais, com ida e volta, e os finalistas sobem para a primeira divisão. Os dois piores são rebaixados para a Terceira Divisão.

As semifinais marcadas para 6 e 13 de julho, definindo quem sobe, e as finais previstas para 20 e 27 de julho para definir o campeão. Todos os jogos serão realizados nos finais de semana, aos sábados e domingos.

Os times poderão inscrever novos atletas e habilitar os mesmos até 28 de junho – não há um limite de inscritos por equipe.

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